Já parou pra pensar na empresa dos seus sonhos? Naquela que você gostaria de trabalhar, porque gosta da forma como ela se posiciona no mercado ou se relaciona com os clientes ou ainda porque ela carrega valores que são parecidos com os seus? Ou seja, você curte a cultura organizacional da empresa. Seria o match perfeito, não é mesmo?

Agora, imagine trabalhar em uma empresa que ainda lida com processos de gestão defasados, não acompanha tendências e que, possivelmente, ninguém tem orgulho de dizer que trabalha lá? Não é o date profissional ideal, mas acontece muito no mercado de trabalho, pois ajuda a pagar os boletos. 

No entanto, esse tipo de empresa gera frustrações nas pessoas e isso vai refletir no seu rendimento, na sua produtividade e lá na ponta externa do negócio, respingando também na experiência do usuário.

Por isso é importante conhecer a cultura organizacional dos negócios, entender como elas funcionam para saber exatamente em que terreno se está pisando e se vale a pena colocar essa experiência no currículo.

Se você não sabe o que é cultura organizacional, senta aí que eu vou explicar neste artigo.

O que é cultura organizacional?

Uma empresa para existir, além de manter sua saúde financeira em dias, ela precisa ter diretrizes básicas e fundantes que moldam a sua gestão em todos os setores e processos. Assim, a cultura organizacional se estabelece por meio dos valores, missão e visão do empreendimento e vai além, definindo o comportamento dos funcionários em suas práticas e relações formais dentro da empresa. 

Um exemplo clássico, é o uso obrigatório de farda, que é uma regra, e com isso nos diz um pouco sobre a cultura organizacional de determinado ambiente. E isso tudo tem a ver com os  objetivos gerais da empresa. Obviamente, que a cultura organizacional vai além e trata também das estratégias do negócio, do posicionamento no mercado e da forma como essa empresa se relaciona com seu cliente.

Portanto, refere-se a toda uma cadeia de protocolos, normas e padronizações para reforçar valores e a imagem interna e externa que a empresa quer transmitir. 

“Mas qual seria a relevância da cultura organizacional para a construção da minha carreira?”

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Cultura organizacional na gestão de carreira

Como vimos, a cultura organizacional norteia os processos de gerenciamento e a rotina da empresa, pautada nos objetivos que o empreendimento tem. O tratamento dos colaboradores é um dos pilares de qualquer cultura organizacional, pois eles são a base da produção do empreendimento, atuando em diversas áreas e fazendo o negócio progredir. 

Não tô inventando isso, é o Chiavenato, referência nos estudos sobre administração de empresas, que afirma que o investimento no público interno (ou seja, os funcionários) é a principal estratégia de uma cultura organizacional inteligente, posto que estes são os que fazem o negócio crescer.

No entanto, sabemos que não existe cultura ideal, nem boa ou ruim. Existe a cultura que melhor se alinha aos seus valores e o que você busca para sua carreira. Para entender isso, gosto de pensar até para além das organizações. Seria a cultura brasileira melhor que a dos Estados Unidos? Nunca conseguiremos encontrar a unanimidade para essa questão. Cada pessoa tem valores e uma visão de mundo única e vai procurar a cultura que faz mais sentido para o formato que deseja viver. 

O mesmo vale para as organizações, algumas pessoas são movidas pela competição e por isso vão amar organizações que valorizam a competição. Já outras pessoas não gostam de competir e por isso, uma cultura colaborativa, vai proporcionar um bem estar maior. Outro exemplo disso, são pessoas que valorizam autonomia e se darão super bem em culturas que também valorizam. Porém, outras pessoas preferem trabalhar com um suporte e se sentem inseguras quando trabalham com autonomia. Nenhuma delas está errada. Só é importante que eles se conheçam e procurem um lugar que valorize o que eles tem a oferecer. 

O que devemos observar então?

Qualquer que seja o seu formato de trabalho ideal, você precisa entender como as empresas funcionam internamente, como elas tratam seus funcionários, como ela se comunica, quais são os valores que ela acredita, qual é o propósito daquele negócio, como ela se posiciona, quais são as ferramentas e regras que ancoram a cultura vivida, na prática mesmo (que muitas vezes pode ser diferente daqueles valores que estão escritos na parede)

  • Compare os valores que a empresa defende aos seus valores pessoais;
  • Pesquise sobre a reputação da empresa nas redes sociais;
  • Converse com funcionários ou ex-funcionários para conhecer a política de gestão de pessoas;
  • Veja se ela paga, pelo menos, o piso da sua categoria e os benefícios trabalhistas;
  • Garanta que tudo aquilo que você valoriza, está presente neste ambiente. Se você é uma pessoa que preza pela diversidade, olhe se aquele ambiente está alinhado a isso. 

Qual a importância da cultura organizacional para minha carreira?

Como já vimos, do ponto de vista da organização, ter uma cultura forte é um dos principais diferenciais competitivos no mercado.

Beleza, mas é a empresa que tá lucrando, o que eu ganho com isso? 

Para entendermos essa relação, precisamos primeiro ter ciência que toda organização tem cultura. Mesmo que ninguém nunca tenha dito essa palavra na organização, ou nunca tenha escrito os valores, ela tem uma cultura. Essa cultura é observada no comportamento das pessoas, no dia a dia e nas decisões mais importantes.

Desse modo, você como profissional, estará dentro de uma cultura, querendo ou não, então é melhor que seja uma alinhada ao que você acredita, não é mesmo? 

E isso vale não só para os valores subjetivos de cada um. Se você quer um rápido crescimento na carreira, precisa pensar sobre qual organização tem uma cultura de reconhecimento, por exemplo. 

Além disso, se ser uma empresa de cultura forte pode ser um grande diferencial competitivo para as organizações, fazer parte de uma empresa assim, também te posiciona entre os excelentes profissionais que compõem determinada organização. 

Exemplos:

Essas empresas existem mesmo? Existem e vou citar duas que são emblemáticas:

Google – é o desejo de muitos profissionais pela política de gestão de pessoas que envolve trabalho em ambiente descontraído, sem grandes formalidades que estimulam a criatividade, além de promover viagens gratuitas, premiações e festas para seus funcionários.

Netflix – a rainha do streaming também reina quando o assunto é gestão de pessoas ao dar autonomia, liberdade e responsabilidade aos seus colaboradores.

Viu só? Essas empresas existem, basta estabelecer devidamente suas metas profissionais e apontar suas estratégias para as empresas que possam torná-las realidade.

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