Falaremos hoje sobre inteligência emocional (IE). Nós, como seres sociais, nascemos e nos desenvolvemos em um caldeirão de emoções que são experimentadas ao longo da vida. Felicidade, raiva, frustração, satisfação, decepção, arrependimento, vish… são tantas que se a gente for listar vai levar um dia inteiro.
Quem nunca sentiu uma dessas emoções, não está vivendo direito ou não sabe ainda identificar tais sentimentos e os impactos deles na sua vida.
No entanto, você está bem enganado se achar que falar de emocional é limitar apenas ao social. No mercado de trabalho, é fundamental entender e aprender a lidar com a tal da inteligência emocional, não só para lidar com as emoções que surgem nas diferentes situações dentro da firma, mas também no meio de campo ali entre social e emocional. Para saber mais, confira:
Afinal, o que é inteligência emocional?
Você provavelmente já se deparou com a expressão inteligência emocional por aí. É um termo que mesmo criado lá nos 90, ganha mais visibilidade na era digital em função dos mercados mais competitivos, exigindo novas competências e habilidades dos profissionais.
Portanto, tão importante quanto saber escrever um bom texto (caso essa seja sua habilidade) é ter inteligência emocional para administrar bem as emoções e frustrações sobre a escrita desse texto.
Assim, inteligência emocional significa pensar, sentir e agir de forma inteligente sem deixar que as emoções se sobreponham e tirem o controle das suas ações.
Inteligência Emocional em quatro pilares
A inteligência emocional no mercado de trabalho tem sido crucial, independentemente da área em que se atua. Ao aprimorar suas habilidades de IE, você pode obter uma vantagem competitiva sobre os outros, como estar mais preparado psicologicamente para a etapa de um processo seletivo. Mas também pode ajudar a aumentar sua satisfação no trabalho, ampliando sua visão do meio e te auxiliando a perceber outros fatores. Além disso, a IE possibilita que você tenha mais equilíbrio para lidar com situações adversas complexas.
A descoberta e estudo do conceito foi evoluindo com o passar do tempo e diante de novas necessidades, foram elaborados quatro pilares para a prática da inteligência emocional. São eles: autoconsciência, autogestão, consciência social e gerenciamento de relacionamento.
Autoconsciência
A autoconsciência é um pilar a ser desenvolvido no intuito de ajudar a pessoa a entender o que sente e como as emoções o afetam. No mundo profissional, seria um suporte para ajudar a entender, por exemplo, quais são seus pontos fortes e os que você precisa melhorar.
Autogestão
Refere-se à capacidade de entender suas emoções e comportamento e de se adaptar às novas circunstâncias. Faça o teste: perceba se você pode controlar adequadamente sua raiva, decepção ou medo para que suas emoções não interfiram em sua capacidade de ouvir ou resolver problemas.
Consciência social
Está relacionado com a capacidade de sentir, compreender e reagir às emoções dos outros e de se sentir confortável socialmente. Neste caso, verifique se você consegue dizer quando está sem querer deixando outra pessoa desconfortável ou até mesmo se consegue perceber que alguém que está sorrindo, está na verdade, chateado.
Gerenciamento de relacionamento
O último pilar é o que se refere à gestão de relacionamento. Ou seja, é preciso trabalhar a inteligência emocional e como ela responde às emoções de outras pessoas. Dessa forma, ajuda a entender como as ações dos colegas de trabalho nos afetam e como minimizar as possíveis reações.
Como desenvolver Inteligência Emocional
A OMS prevê que até 2030, a depressão ocupe o primeiro lugar nas causas de invalidez no mercado de trabalho. Um dado alarmante, mas que destaca a importância do trabalho com IE no meio corporativo. Assim, a habilidade de compreender suas emoções e de seus colegas já é uma competência valorizada nos meios profissionais.
Para desenvolver sua inteligência emocional é preciso desenvolver o autoconhecimento. Observe seu comportamento e suas reações nas diversas situações do dia a dia. Você pode ainda consultar amigos e pessoas de confiança sobre como eles te interpretam emocionalmente, apontando pontos fortes e fracos.
Nesse processo de autoconhecimento identifique também seus medos e inseguranças, o que te faz travar e não seguir adiante com planos e objetivos. Medo do fracasso? De decepcionar pessoas próximas? De perder dinheiro?
Esses fatores podem ser bloqueios sérios que precisam ser trabalhados, quando identificados, para que você consiga enfrentá-los e lidar com eles de forma racional.
Associe a isso o aprendizado com as experiências passadas, procure criar um repertório sobre como situações adversas foram resolvidas e como elas podem ser melhoradas em uma próxima ocorrência.
Como mencionado, observe como você se comportou na ocorrência dessas situações e pondere sobre suas emoções, buscando o equilíbrio e controle sobre elas nos eventos futuros.
De modo prático, ao lidar com um projeto não aprovado no trabalho que lhe custou tempo e energia, procure sentir a frustração e processá-la de modo controlado, pois a questão não é minar a emoção, mas senti-la e controlá-la, transformando-a em uma motivação para desenvolver futuramente um projeto mais adequado e que seja aprovado.
Por que devemos aplicar a Inteligência Emocional na carreira
Manjar de tudo na sua área, ter inglês avançado, conhecimento expert em fazer planilhas e tantas outras skills são importantes sim, no entanto, já não são mais as únicas formas de ter destaque no mercado.
Atualmente, no mercado de trabalho, ter resiliência, saber trabalhar em equipe, boa comunicação e empatia também são algumas das habilidades que são valorizadas nos profissionais.
Dessa forma, fazer diversos cursos técnicos para aprender o uso de novas ferramentas é sim muito importante. Afinal, um profissional técnico e atualizado possui enorme valor. No entanto, o que quero que você entenda é que não se trata SOMENTE disso.
Até porque, atualmente as contratações e promoções dentro de uma organização possuem uma enorme relação com o desenvolvimento da inteligência emocional.
Muitas das chamadas soft skills que são hoje muito valorizadas no mercado de trabalho e que pode ser diferenciais na sua carreira são:
- Saber trabalhar em equipe;
- Conseguir se adaptar rapidamente às mudanças;
- Lidar com pressão e conseguir gerenciar o próprio stress;
- Possuir uma comunicação eficiente, permitindo ouvir e repassar informações de maneira clara;
- Saber engajar e motivar os colegas de trabalho.
É hora de se desenvolver!
É hora de buscar novos desafios no mercado ou propor novas atividades dentro da empresa em que atua? Esse processo decisório será bem mais fácil quando se tem inteligência emocional para saber lidar com expectativas de um emprego novo e não cair no mesmo quadro de decepção do último trabalho.
A inteligência emocional ainda pode ser acionada na manutenção das relações com os colegas de trabalho, o que contribui para o sentimento de time e de integração da equipe.
Em resumo, inteligência emocional é importante na administração na nossa vida, de forma geral. Seja na família, com os amigos ou no trabalho. Dominar as emoções é uma característica que melhora suas relações interpessoais e sua relação consigo mesmo.
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